Descrição
In this paper, we seek to defend the idea that the field of social ontology can and should interest the field of critical theory. For this, we emphasize that a social theory that is supposed to be self-reflexive cannot ignore the reflection on its own socio-ontological presuppositions. Thus, in a first moment, we will attempt to show how critical theory must presuppose a processual social ontology, insofar as it needs to regard social change as ontologically consistent. In a second moment, we will show that critical theory also needs to deal with substantialist ontological assumptions to understand the obstacles to emancipation. Finally, we will highlight the challenges to the compatibility of this dual perspective.
||Neste artigo, procuramos defender a ideia de que o campo da ontologia social pode e deve interessar ao campo da teoria crítica. Para tanto, ressaltamos que uma teoria social que se pretende autorreflexiva não pode deixar de refletir sobre seus próprios pressupostos sócio-ontológicos. Sendo assim, num primeiro momento, procuraremos mostrar como a teoria crítica precisa pressupor uma ontologia social processual, na medida em que precisa encarar a mudança social como algo ontologicamente consistente. Num segundo momento, mostraremos que ela precisa igualmente lidar com pressupostos ontológicos substancialistas para compreender os obstáculos à emancipação. Por fim, sublinharemos os desafios que se colocam à compatibilização desta dupla perspectiva.