Descrição
This paper analyzes the Brazilian translations of the monologues of Tutta casa, letto and chiesa, by Franca Rame and Dario Fo, more specifically O despertar and Uma mulher sozinha translated by Roberto Vignati and Michele Piccoli for the play na- med Brincando em cima daquilo, which had Vignati’s direction and Marília Pêra’s acting and which was probably performed for the first time also in 1983 in Rio de Janeiro. This article explores the relation between dramaturgy and translation choi- ces, taking into account the translators’ ethics. This element is examined through Spivak's thought, according to whom it is necessary to be responsible when translating a text considered subaltern. This work concludes that this Brazilian translation does not offer full aesthetic and political hospitality to the Italian text, which influences a later reception more focused on humor and less in the tone of denunciation and con- testation present in the text of departure.
||
Este artigo analisa as traduções brasileiras às quais foi possível ter acesso dos monólogos de Tutta casa, letto e chiesa, de Dario Fo e Franca Rame, em parti- cular dos monólogos O despertar e Uma mulher sozinha, traduzidos por Roberto Vignati e Michele Piccoli para a montagem intitulada Brincando em cima daquilo, que teve direção do primeiro, atuação de Marília Pêra e estreia provável também em 1983, no Rio de Janeiro. Neste trabalho, explora-se a re- lação entre dramaturgia e escolhas tradutórias, levando em consideração a ética dos tradutores, pensada a partir da concepção de Spivak, segundo quem é preciso ter responsabilidade ao traduzir um texto considerado subalterno. Chega-se à conclusão de que esta tradução brasileira não oferece plena hos- pitalidade estética e política ao texto italiano, o que influencia uma recepção posterior mais focada no humor e menos no tom de denúncia e contestação presente no texto de partida.