Descrição
O objetivo desse artigo é apresentar algumas das diferentes razões para assimetria de gênero na distribuição das mulheres como gestoras esportivas. Nossa análise se dá a partir da liderança de seis atletas ícones do esporte nacional em seus projetos sociais esportivos e também na organização governamental do esporte nacional. A partir das falas das informantes apresentamos os caminhos que essas mulheres percorrem na gestão esportiva. Tomamos como base: a) a inserção das atletas na gestão como forma de permanência no esporte; b) a contribuição das informantes na organização e na gerência dos seus projetos esportivos; e c) a avaliação das informantes sobre as políticas de desenvolvimento do esporte nacional. Inferimos preliminarmente que o efeito da assimetria de gênero no esporte não é determinante na ocupação nos cargos de gestão, no sentido de que várias atletas estão fazendo o caminho da liderança com os próprios pés, criando seus próprios Institutos para administrar, fazendo alianças, angariando votos de confiança, opinando sobre mudanças na política de desenvolvimento do esporte e novamente tornando-se referência para a inserção de outras mulheres em cargos de liderança no esporte nacional.