Descrição
O presente artigo apresenta o contexto de (des)proteção social vivenciado pelas juventudes brasileiras, revelando as principais expressões da questão social que impactam nesse segmento social. Por meio de uma retomada histórica, contextualiza a constituição das juventudes como sujeito de direitos, considerando a implementação das Políticas Públicas para as Juventudes no Brasil. Por fim, analisa os programas e projetos governamentais voltados para os jovens brasileiros, revelando um discurso fetichizado presente nas políticas públicas: ao reduzir a perspectiva da garantia de direitos à qualificação do jovem para o mundo do trabalho, na direção de uma promessa civilizatória, fomenta um perverso ideário de que o contexto de violação de direitos juvenis pode ser enfrentado pela qualificação profissional da juventude pobre. Aponta-se, como desafio civilizatório persistente, a luta premente por políticas de juventude de caráter universal, na perspectiva da materialização de direitos humanos.