Descrição
Apresenta-se o relato e a análise de uma experiência de extensão universitária realizada numa escola pública da periferia de Fortaleza (CE), durante quatro anos, por estudantes e docentes da área de terapia ocupacional. Direcionado a crianças, jovens, familiares, professores e gestores, o trabalho estruturou-se em cinco eixos em torno da temática das violências. Foram utilizadas atividades grupais participativas, tomando-se como diretriz a participação dialógica dos diferentes sujeitos, para a reflexão e construção de propostas de enfrentamento às violências e para a promoção de projetos de vidas ali tecidas. Verificou-se que, ao criar oportunidades de discussão e reflexão na escola, a comunidade as utiliza, reconfigurando os lugares dos sujeitos para a “conversa”. Ocorreram diálogos que definiram responsabilidades a serem partilhadas, além da análise de estratégias de trabalho coletivo e participativo, ressignificando a escola pública como um equipamento social que precisa e pode integrar uma rede intersetorial de proteção e suporte social.