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Volto semana que vem: democracy above all!||Volto semana que vem: democracia acima de tudo!
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Metadados
Descrição
In the last decades it has been noticed a significant growth of Latin American fictions which have recreated dictatorships established in our continent last century. In Brazil, Maria Pilla’s Volto semana que vem [I will be back next week] (2015) emerges as an important one. In her book, the author recollects events of her childhood and youth, as well as memories of her militancy which was marked by periods in jail in Argentina and exile in France. We consider that Pilla’s fiction makes it possible a productive dialog between literature and history in Latin America, as it brings up characters’ accounts which portray resistance towards civic and military regimes in the Southern Cone. Thus, we intend to examine how the writer has fictionalized the shameful episodes in our continent during regimes of exception. We believe that human rights violations practiced by dictatorial governments cannot be forgotten. Instead, we think of the necessity to practice our duty of memory, following Ricouer (2007). In this sense, this study aims at contributing to memories preservation of democracy defenders, since they are at risk of being erased from the so-called official history. Our theoretical framework is supported by Dalcastagné (1996), Esteves (2010), Figueiredo (2017), Prado and Pelegrino (2016), among others.||Percebemos que nas últimas décadas houve um crescimento significativo de ficções latino-americanas que recriaram episódios das ditaduras implantadas em nosso continente no século passado. No Brasil, destaca-se a narrativa Volto semana que vem (2015), da escritora gaúcha Maria Pilla. Em seu livro, a autora rememora acontecimentos de sua infância e juventude, bem como de sua militância, marcada pela prisão na Argentina e pelo exílio na França. Consideramos que a ficção de Pilla possibilita um produtivo diálogo entre a literatura e a história da América Latina, uma vez que traz à tona relatos de personagens que resistiram aos regimes cívico-militares no Cone Sul. Assim, examinaremos neste estudo como a escritora ficcionalizou os vergonhosos episódios ocorridos em nosso continente durante os regimes de exceção. Acreditamos que as violações aos direitos humanos que foram praticadas nos governos ditatoriais não podem ser esquecidas e pensamos que é necessário exercermos o nosso dever de memória, conforme proposto por Ricouer (2007). Nesse sentido, o presente estudo visa contribuir para a preservação das memórias dos defensores da democracia, as quais correm o risco de desaparecer da dita história oficial. Entre os nossos referenciais teóricos encontram-se Dalcastagné (1996), Esteves (2010), Prado e Pelegrino (2016), Figueiredo (2017), entre outros.
ISSN
1984-4018
Periódico
Autor
Milreu, Isis
Data
17 de novembro de 2020
Formato
Identificador
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/12179 | 10.30612/raido.v14i35.12179
Idioma
Relação
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/12179/6326 | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/downloadSuppFile/12179/2631 | /*ref*/DALCASTAGNÉ, R. O espaço da dor. Brasília: Ed. UNB, 1996. ESTEVES, A. O romance histórico brasileiro contemporâneo (1975-2000). São Paulo: Ed. UNESP, 2010. | /*ref*/FIGUEIREDO, E. Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção, autoficção. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2013. | /*ref*/FIGUEIREDO, E. A literatura como arquivo da ditadura brasileira. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017. | /*ref*/LÍSIAS, R. Literatura brasileira e os tempos da ditadura. Recife: Suplemento Pernambuco, 2018. Disponível em: https://www.suplementopernambuco.com.br/edi%C3%A7%C3%B5es-anteriores/77-capa/2166-literatura-brasileira-e-os-tempos-da-ditadura.html. Acesso em: 30 mar. 2020. | /*ref*/PILLA, M. Volto semana que vem. São Paulo: Cosac Naify, 2015. | /*ref*/PILLA, M; PAIM, L.; PORTO, A. Maria Regina Pilla relembra momentos da ditadura e de tortura, sem rancor ou truculência. Porto Alegre: Jornal Sul21, 15 nov. 2015. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/maria-regina-pilla-relembramomentos-da-ditadura-e-de-tortura-sem-rancor-ou-truculencia/. Acesso em: 10 abr. 2020. | /*ref*/PRADO, M. L.; PELEGRINO, G. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014. | /*ref*/RICOUER, P. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François et.al. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007. | /*ref*/TELES, E. ; SAFATLE, V. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010. | /*ref*/WEINHARDT, M. Filhos da geração de 1960-70: herdeiros da memória. In: WEINHARDT, M. Ficções contemporâneas: história e memória. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2015.
Direitos autorais
Direitos autorais 2020 Raído | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
Fonte
Raído; v. 14, n. 35 (2020); 325-347 | 1984-4018
Assuntos
Contemporary literatura Brazilian. Latin America. Dictatorship, resistance, women and policy. Literature, history and memory. Maria Pilla. | Letras | Literatura brasileira contemporânea. América Latina. Ditadura, resistência, mulheres e política. Literatura, história e memória. Maria Pilla.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion