-
Women from a perspective of the work market in Brazil||A mulher na perspectiva do mercado de trabalho no Brasil
- Voltar
Metadados
Descrição
Women´s inequality in the work perspective hás its roots in the social relations of domination, reinforcing prejudices and exploitation. Ag to Irede Cardoso, Marx and Engel understand that “at home, the moman is the proletariat and the man the bourgeoisie”, or also “the woman is the proletariat of the proletariat”. Nowadays, neo-liberal conceptions, globalization and the reorganization of the work processes, exclusion and proverty are on the increase. In Brasil, the right to work as a source of survival is guaranteed in the Federal Constitution of 1988. The present work has the objective to historically determine women insertion in the Brazilian work market. Thus, through a bilbiographical research abalysis based on the data collected by the IGBE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) on the relation women and work was carried out. The first Brazilian consus (1872) showed that women represented 45,5% of the effective work force population. In 1900, the feminine population in the work market corresponded to 45,3% of the economic active population. However, in 1920 and in 1940 there was a reduction in the number of women inserted in work market being 15,3% and 15,9%, respectively. It is know that in 1940, the law authorized 10% less pay to women compared to men. Women participation in the work market in 1950 and in 1970 was 14,6% and 16,5%, respectively. From 1970, there were greater opportunities in the market due to the supposed economic development process, and the deterioration of income among the poorer groups. Between 1991 and 1992, the female population employed rose from 38,85% to 43,9%, respectively. The better schooling among women did not represent better earnings. Data from 2001 show that with theree years of study, women earned 61,5% of the everage earnings of a man with the same schooling. Women with 11 years or more of schooling earned 57,1% of men in the same group. Around 71,3% of the frmale population employed is concentrated in earnings group of until two minimum wages, and only 9,2% of the female population earns more than five minimum wages. The number of women that are the head of their household decreased from 31,9% in 1992 to 26% in 1999. The proportion of people employed by gender and age with 30, 40 and 50 years showed women in a higher proportion than men: from 30 to 39 years, 62%; from 40 to 49 years, 60,5%. Work is becoming less of an inclusion factor, consolidating exclusion and inequality. The increase in women participation in the work force may have their better qualification, more schooling and fall in fecundity rates as some of their determinats. The share in the household chores has not changed. The double working shifts is part of women´s routine, which keeps the same exploitative behavior patterns. The implementation of social policies may turn the inclusion of the whole population in the work market in a fair way more viable.||A desigualdade da mulher na perspectiva do trabalho tem raízes nas relações sociais de dominação, reforçando preconceitos e exploração. Segundo Irede Cardoso, compreendem Marx e Engels que “no lar, a mulher é o proletariado e o homem, o burguês”, ou ainda “a mulher é o proletariado do proletariado”. Atualmente, as concepções neoliberais, a globalização e a reorganização dos processos de trabalho vêm aumentando a pobreza e a exclusão, embora no Brasil o direito ao trabalho como fonte de sobrevivência seja garantido na Constituição Federal de 1988. O presente trabalho tem por objetivo determinar historicamente a inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e analisaram-se dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na relação mulher e trabalho. O primeiro recenseamento brasileiro (1872) destaca que as mulheres representavam, na época, 45,5% da força de trabalho efetiva da população. Em 1900, a população feminina no mercado de trabalho correspondia a 45,3% da população economicamente ativa no país. No entanto, nos anos de 1920 e 1940 houve redução na porcentagem de mulheres inseridas no mercado de trabalho, a qual foi 15,3% e 15,9%, respectivamente. Sabe-se que em 1940 a lei autorizava o pagamento de 10% a menos para as mulheres em relação aos homens. A participação feminina no mercado de trabalho, em 1950 e 1970, foi de 14,6% e 16,6%, respectivamente. A partir de 1970, passou a haver maior abertura no mercado de trabalho pelo suposto sucesso de desenvolvimento econômico e a deterioração dos níveis de renda real nas camadas mais pobres e médias inferiores. Entre 1991 e 1992, a população ocupada feminina cresceu de 38,85% para 43,9% respectivamente. O grau da escolaridade das mulheres não reverteu em melhores salários. Dados de 2001 destacam que com até 3 anos de estudo ganham 61,5% do rendimento médio dos homens com esse mesmo grau de escolaridade. Mulheres de 11 anos a mais de estudo ganham 57,1% do que ganham os homens dessa faixa. Cerca de 71,3% da população feminina ocupada está concentrada no rendimento de até dois salários-mínimos e somente 9,2% da população feminina ganham mais de cinco salários-mínimos. O percentual de mulheres chefes de domicílio passou de 31,9% em 1992 para 26% em 1999. A produção de ocupados por sexo e grupo de idade nas faixas de 30 a 40 e 49 anos apontou mulheres em proporções maiores do que os homens: dos 30 aos 39 anos, elas correspondem a 62% dos ocupados; e dos 40 aos 49 anos, correspondem a 60,5%. O trabalho está deixando de ser fator de inclusão, solicitando a exclusão e a desigualdade. O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho pode ter como alguns de seus determinantes a sua maior capacitação, maior escolaridade e a queda de fecundidade. A divisão dos trabalhos domésticos efetivamente não se modificou. A dupla jornada faz parte do cotidiano das mulheres mantendo-se os padrões de comportamento explorador. A implementação de políticas sociais pode viabilizar a inclusão de toda a população no mercado de trabalho de forma igualitária.
ISSN
1518-1243
Periódico
Autor
Mariucci, Elza Marques da Silva | Nalesso, Ana Patrícia Pires
Data
23 de julho de 2007
Formato
Idioma
Fonte
Iniciação Científica Cesumar; Vol 8 (2006); 43-48 | Iniciação Científica Cesumar; Vol. 8 (2006); 43-48 | Iniciação Científica Cesumar; v. 8 (2006); 43-48 | 2176-9192 | 1518-1243
Assuntos
mulher | mercado de trabalho | Brasil
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Avaliado por Pares | Pesquisa Empírica