Por uma escrita de processo : conversas de dança do espetáculo 3mulheres e um café / Uma conferência dançada com o pensamento em Pina Bausch

Descrição

Dissertação também disponível em formato impresso, com o número de chamada DT 2012/13||n/a||This thesis investigates forms of sayability and writing about a journey of dance
creation, specifically of the dance piece 3Mulheres e um Café: uma Conferência Dançada
com o Pensamento em Pina Bausch. As the name suggests, 3Mulheres is a
spectacle tissued as a hybrid between speech and dance, opportunity for some
dialogues: dance and thought; memory and actuality; word and gesture; text and
movement; scene and audience. Kind of guided tour through an imaginary museum of
dance, the show transcreates (Haroldo de Campos) excerpts from Café Müller, a piece
by Pina Bausch (1978), in its attempt to dialogue past and present of contemporary
dance. Establishing intimacy with the very way 3Mulheres composes
its dramaturgy, the thesis proposes the writing process as a way of followingwriting
creation, inspired by the cartography method proposed
by Suely Rolnik from Gilles Deleuze and Félix Guattari. The thesis maps not only the
eight months between the beginning of the rehearsals and the premiere of the
piece, but also the aesthetic‐political circumstances of contemporary dance in the
city of Rio de Janeiro from 1992 to 2002, with which the spectacle itself establishes
dialogue. In this thesis, it is then another scene, now of thought, woven like a
conversation among dances themselves.||n/a||A tese investiga regimes de dizibilidade e modos de escritura de um percurso de criação
em dança, mais especificamente do espetáculo 3Mulheres e um Café: uma Conferência
Dançada com o Pensamento em Pina Bausch. Como o próprio nome sugere, 3Mulheres é
um espetáculo tecido como um híbrido entre a palestra e a dança, oportunidade então
para alguns diálogos: dança e pensamento; memória e atualidade; palavra e gesto;
texto e movimento; cena e plateia. Espécie de visita guiada a um museu imaginário da
dança, o espetáculo transcria (Haroldo de Campos) excertos de Café Müller, uma peça
de Pina Bausch de 1978, em sua tentativa de fazer conversar o passado e o presente da
dança contemporânea. Estabelecendo intimidade com a própria maneira do espetáculo
de tecer a sua entremeadura de composição, dramaturgia e escrita cênica, a tese
propõe a escrita de processo como modo de acompanhamentoescritura de criação,
inspirada no método da cartografia proposto por Suely Rolnik a partir de Gilles Deleuze
e Félix Guattari. Cartografa assim não somente os oito meses que separam o início dos
ensaios da estreia do espetáculo, mas também a circunstância estético‐política da
dança contemporânea na cidade do Rio de Janeiro de 1992 a 2002, com a qual o
próprio espetáculo estabelece diálogo. Nesta tese, trata‐se então de uma outra cena,
agora a do pensamento, tecida como uma conversa de danças entre si.